Que mudanças tens observado no mercado de trabalho?
Tenho notado que o mercado está mais exigente e mais rápido. As competências técnicas embora sejam procuradas, elas por si só não bastam. Espera-se atitude, agilidade e adaptabilidade e muita inteligência emocional. Quero com isto dizer que já não é só sobre o que se sabe fazer, mas sobre como se está no trabalho.
Felizmente estas competências podem (e devem) ser desenvolvidas. Connosco é possível.
Sentes que os profissionais estão preparados para estas exigências?
Nem sempre. Saber-se a técnica sem se ter uma base sólida de autoconhecimento pode dificultar o acompanhamento. O autoconhecimento permite-nos explorar áreas como a confiança, proatividade e a criatividade. A formação 360º que a Talento dá acesso aos seus formandos permite colmatar isto. É uma oportunidade para voltar a aprender com método, com propósito e, sobretudo, com orientação.
Atualmente geres uma equipa. Acreditas que todos têm potencial? Que sinais procuras quando entrevistas alguém?
Sim. Mas nem todos acreditam em si mesmos o tempo todo. O papel do líder ou do coordenador é criar um espaço seguro para que cada um, a seu tempo descubra a força que têm. E relembrar as vezes que forem necessárias quem são, as suas conquistas, no fundo incentivar a autoanálise e trabalharem o autoconhecimento.
Já vi pessoas desacreditadas que, no ambiente certo, viraram autênticas referências. Mas ter potencial, talento por si só não basta é necessário ter-se uma atitude de crescimento e de melhoria contínua.
E para quem sente que já “vai tarde” para investir numa formação?
Nunca é tarde. O mercado não fecha portas a quem chega preparado e se reinventa. Temos visto pessoas a mudar de vida com 30, 40, 50 anos – desde que estejam dispostas a fazer esse caminho. A jornada não é sobre ter um curso ou um certificado. É sobre assumir que somos responsáveis pela nossa evolução. A formação é um passo corajoso nesse sentido e acima de tudo um desbloqueio do Talento.
Que mensagem deixarias a quem está a considerar uma formação para entrar ou voltar ao mercado de trabalho?
Se sentes, se sonhas, se visualizas dá o passo. O caminho faz-se a caminhar não é verdade? Não esperes que tudo esteja alinhado, perfeito e certo. Desafia-te a mudar e a aprender. Se não sabes por onde começar, começa pelo que te move: escolhe uma formação que te motive, que te aguce a curiosidade e que te entusiasme. O caminho começa assim. Depois vem o resto: a atitude, a confiança e com ela a comunicação assertiva, o conhecimento estruturado, a vontade de aprender e de aplicar os conhecimentos, a criatividade, a participação na construção de soluções. Vais chegar aqui, mas começa. Permite-te aprender.
Talento Talks com Cátia Teixeira – Gestora de Recursos Humanos do Departamento de Orientação Pedagógica da Talento